sexta-feira, 31 de julho de 2015

"Anne Frank"


Vou dedicar o primeiro post referente a livros à minha querida Anne Frank, sabe por que?

Irei contar uma história, a minha história de amor com os livros.
Eu tinha 13 anos quando estava vagando pela biblioteca da minha escola e me deparei com um livro que me chamou atenção na prateleira “O Diário de Anne Frank”, e que garota nunca teve um diário, não é mesmo? A palavra “diário” que me chamou atenção de ímpeto, peguei o livro e comecei a folheá-lo, e ao perceber que era um diário de verdade decidi levá-lo para casa.
Não imaginava que estava levando para casa uma história conhecida mundialmente, uma história triste de uma judia que ao decorrer da Segunda Guerra Mundial registrou quase que diariamente os acontecimentos da Guerra, escondida num anexo secreto que se encontrava no sotão do escritório da empresa do seu pai, com sua família e mais pessoas.
Ao começar a ler o diário não tinha como não me identificar, era declarações sobre amigas de colégio, garotos, festas, passeios, passatempos típico de uma garota da sua idade, nada de incomum.
Quando a Segunda Guerra começou e Anne e sua família tiveram que se esconder no Anexo Secreto, o medo, a preocupação, a incerteza tomou conta das páginas do seu diário.
E nesse momento soube que eu estava com um dos documentos mais importantes relatados da Segunda Guerra em minhas mãos. Até então não tinha o real conhecimento dessa crueldade que ocorreu com os Judeus, a discriminação, o genocídio, a maior crueldade feita por humanos, matando milhões de judeus em câmaras de gás nos Campos de Concentração, como em Auschwitz, o maior Campo de Concentração, localizado na Polonia.
Anne escreveu seu diário por pouco mais de dois anos, tempo que ficou escondida no anexo.  Até hoje ninguém soube quem denunciou os Frank, eles foram levados para Auschwitz e posteriormente Anne e sua irmã Margot foram transferidas para  Bergen-Belsen, onde morreram de tifo semanas antes de a Guerra chegar ao fim libertando o prisioneiros dos Campos.
Otto Frank, pai de Anne, foi o único sobrevivente de todos que estavam no anexo, ele teve conhecimento do diário de Anne e decidiu publicá-lo, tornando um dos livros mais traduzidos do mundo.
Esse breve resumo da história dela, é o começo da minha história com os livros.
Li naquelas páginas, o desabafo de uma garota querendo ser normal, poder ver a luz do sol, andar nas ruas, ser LIVRE.
Anne foi uma garota entre milhões de crianças que teve suas vidas interrompidas pelos nazistas, mas é uma das poucas histórias conhecidas, ela foi guerreira e nunca deixou de acreditar na humanidade, ela teve fé, mesmo quando tudo e todos estavam contra ela.
E foi assim que Anne me conquistou, tornei-me amiga dela lendo cada página, vendo seu amor pela leitura, pela escrita, pela vida!

Depois de ler O Diário de Anne Frank, me interessei mais pelos livros e passei a frequentar mais a biblioteca a procura de conhecimento, de entrar em outros mundos, outras realidades, pois é assim que me sinto lendo. Passei a ler por prazer.

Annelies Marie Frank, obrigada por me trazer a esse mundo mágico!

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